sábado, 15 de dezembro de 2007

Cidadã e plenamente Relações Públicas!

Resolvi não ficar resmungando pelos cantos.
Repliquei a uma imposição com a qual não concordei, e invoquei o artigo 20 da convenção do Sindicato dos Professores do ABC - SINPROABC.
Em resposta, por ter enfrentado a situação, fui demitida.

Eis-me aqui, livre para voar. Cidadã e plenamente Relações Públicas!

Primeiro, boas e merecidas férias. Depois, Ano Novo e vida nova!

2008 está prometendo muitas novidades!

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Relações Públicas e Cidadania

Cidadania não é simplesmente ficar resmungando pelos cantos que se tem direitos. E, na minha opinião, só tem direito de ser cidadão quem faz por merecer.

Quem fica sentado, esperando tudo "cair do céu" - ou vir do governo, das instituições, das empresas - não é um cidadão, é só um espectador. Cidadão é aquele que assume, muito antes dos direitos, os deveres que tem consigo mesmo, com os vizinhos, com o bairro, com a cidade, com o estado, o país e o mundo.

Cidadão é aquele que fica indignado quando vê um motorista ou passageiro abrir a janela do carro ou do ônibus e jogar um saco plático na rua. Que fica indignado quando vê a vizinha lavar a garagem e a calçada com mangueira, tirar o pó da grade do portão ou das janelas com os jatos d'água, e que fica de conversa com a outra vizinha com a água jorrando. Que fica furioso quando vê (e respira) o óleo queimado de motores mal regulados de caminhões, ônibus e carros, que não estão nem aí com a agonia do meio ambiente. Que se revolta com uma administração errada e mal feita, com um serviço público deficitário, com uma chefia hipócrita e anti-ética. Com 5 milhões de reais gastos numa árvore de Natal que, ainda por cima, ficou horrenda. Com as pessoas que não respeitam os containers de seleção de lixo e misturam tudo. Com as ruas esburacadas e mal-remendadas que fazem com que carros e ônibus se desgastem em menos da metade do tempo normal. Com uma mãe sem teto à sombra de uma pequena árvore num dia de calor insuportável, molhando um dos filhos pequenos com a água de uma garrafa pet para amenizar o calor - e a criança chorando...

Mas que, além de tudo isso, não fica calado ou parado. Reclama, discute, telefona para os 0800, manda e-mails, denuncia para os jornais (mesmo quando os jornais não dão bola), comenta com outros, procura fazer com que outros tomem consciência, explica, discursa, ensina, dá exemplo, mostra fotografias e vídeos, participa de gupos de reação, não se submete em silêncio, busca apoio legal, estimula outros a também reagirem, vai à luta!

E o que Relações Públicas têm a ver com isso? Tudo! Relações Públicas têm a ver com conscientização, educação, cultura, comportamento, sustentabilidade, RELACIONAMENTOS. E quando se fala em relacionamentos, incluem-se aí as relações de cidadania, de pessoas e grupos de pessoas com órgãos governamentais, com empresas de todo tipo e de todos os setores, de funcionários com chefias e de chefias com funcionários, de organizações com comunidades.

As relações públicas têm a competência de saber ouvir e falar a linguagem de cada público e, desta forma, buscar a aproximação entre os interessados para que possam resolver questões insatistfatórias. É, entre tantas outras coisas, um mediador entre o cidadão e o Estado, buscando aparar arestas, atender necessidades, harmonizar interesses e, também, educar ambos os lados prestando informações, promovendo campanhas de conscientização, nivelando conhecimento, estabelecendo diálogo.

Não estou dizendo que é fácil. Se fosse, não seria preciso um curso superior de 4 anos para aprender teorias e técnicas, nem muitos e muitos anos de prática para antecipar necessidades e saber o momento certo de agir e com quais recursos. Sem falar que é preciso experiência e maturidade para saber lidar com diferentes tipos de pessoas, saber ser suave ou firme na forma de agir, conforme a circunstância.

O bom Relações Públicas, caro amigo, colega e aluno, só estará "no ponto" muitos anos depois de ter tirado o diploma e ralado no mercado. E, principalmente, ter aprendido, ele próprio, o que é ser cidadão. Não é preciso ser Relações Públicas para ser cidadão. Mas com certeza é fundamental ser cidadão para ser um bom Relações Públicas. Quando você começar a enfrentar seus medos, a não mais aceitar "situações estabelecidas", a reagir aos abusos de poder e às indignidades - contra você ou contra os outros, mesmo que os bons resultados só venham a acontecer em longo prazo e que você saiba que talvez nem venha a usufruir deles - mas que outros usufruirão -, então você saberá que está "no ponto" de ser um excelente profissional de relações públicas.

Desejo cidadania a todos!

Um abraço.

domingo, 2 de dezembro de 2007

Dia Nacional das Relações Públicas - 02 de dezembro

É mais ou menos como o Dia das Mães... Todos os dias são "dia das mães"!

Todos os dias são Dia das Relações Públicas, porque o ser humano não sobrevive sem relacionar-se. E, sinceramente, para mim pouco importa se o nome da atividade ou da profissão é este, ou é comunicação organizacional, comunicação corporativa, comunicação empresarial.

Trata-se de uma convenção, de um "nome de batismo" que não altera nem muda o sentido do caráter e personalidade da nossa profissão.

Sou quem sou e como sou, com valores e princípios morais, com características especiais e peculiares, com conhecimentos e experiências que busco transformar em sabedoria de maneira a poder ser útil para todos. E tanto faz se o meu nome é Ana, ou Lúcia, ou Maria. Claro que já estou acostumada com o meu nome e de certa forma ele também faz parte de mim, mas se por alguma razão eu precisasse trocar de nome agora, certamente não deixaria de ser quem sou.

Por isso, felicito aqueles que realmente acham que o que importa é "sermos quem somos, fazendo o que fazemos, tendo como missão criar harmonia e equilíbrio nos relacionamentos entre pessoas".

Às vezes observa-se que há um esquecimento sobre o fato de que organizações, sejam elas privadas ou públicas, com ou sem fins lucrativos, são feitas de pessoas, de gente, e das relações que se estabelecem entrem elas com interesses e objetivos mútuos.

Enquanto nós estivermos trabalhando para cumprir esta missão, mesmo que eventualmente ocorram erros e enganos, estaremos fazendo aquilo que deveríamos fazer. Reconhecer enganos e erros, aprender com eles e seguir buscando o equilíbrio das relações entre grupos sociais humanos. Possivelmente não seja a redenção da humanidade ou a salvação do planeta, mas pelo menos estaremos amenizando um futuro que poderia ser ainda pior.

De qualquer maneira, em função desta data alusiva: parabéns! Parabéns por termos assumido o compromisso de sermos relações públicas neste mundo conturbado, cheio de dificuldades e obstáculos, de valores distorcidos, mas também de pessoas que valem a pena!

sábado, 1 de dezembro de 2007

Final de semestre letivo - LOUCURA!

Pessoas, sinto muitíssimo, mas estou numa roda-viva de correções de provas e trabalhos, digitação de notas, preenchimento de planilhas, provas substitutivas e avaliações complementares, sem falar nos trabalhos de conclusão de cujas bancas participo/participarei que simplesmente quase não sobra tempo para muito mais.

E, esse "quase" acaba preenchido por eventos - de premiação, de confraternização de final de ano de empresas e entidades -, que a gente, claro, precisa participar. Afinal, a vida de qualquer profissional, e em especial dos relações públicas, também se faz via rede de relacionamentos - a famosa network - que sempre tem um maior impulso nesta época do ano.

Sendo assim, só me resta pedir desculpas aos leitores do Pró-RP pela falta de atualização de postagens nos últimos tempos, que deverá se estender ainda pela próxima semana. Se tudo continuar andando mais ou menos dentro do cronograma conhecido, a partir do dia 7 de dezembro a carga deve aliviar e devo voltar a atualizar regularmente o Pró-RP.

Enquanto isso, aconselho uma visita ao novo Mundo RP, que está de layout novo, cheio de novidades, atraente e com uma arquitetura da informação arrojada e contemporânea!

Quem tiver oportunidade, não deixe, também, de dar uma olhada na última edição do Guia Exame de Sustentabilidade 2007, que está nas bancas e também disponível no Portal Exame, e observem a importância das Relações Públicas no processo de desenvolvimento sustentável das organizações, desde o início (informação, esclarecimentos, motivação) até o final (relatórios e comunicações de resultados).

Abraços e até a próxima semana!

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

2º Fórum Brasileiro de Teletrabalho e Teleatividades


No dia 05 de dezembro acontecerá o 2º Fórum Brasileiro de Teletrabalho e Teleatividades cujo foco será Trabalho a distância e sustentabilidade: contribuição ao equilíbrio econômico, social e ambiental. O evento será das 9h às 18h, no Auditório do Conselho Regional de Administração de São Paulo.

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas diretamente pelo telefone (11) 3087-3200 e pelo e-mail eventos.participe@crasp.com.br.


segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Teletrabalho e desenvolvimento sustentável (1)

Para quem não sabe, sou membro da SOBRATT (Sociedade Brasileira de Teletrabalho e Teleatividades) de onde atualmente sou diretora executiva e de comunicação.

Estamos promovendo uma rodada de debates sobre as contribuições do teletrabalho para o desenvolvimento sustentável, que culminará no dia 05 de dezembro no 2º Fórum Brasileiro de Teletrabalho.

No dia 27 de novembro, das 9h às 12h, realizaremos uma mesa-redonda com o tema "Contribuições do Teletrabalho para a redução do CO2", no auditório do Conselho Regional de Administração, em Sâo Paulo. Segue folheto do evento.



Nos próximos posts divulgarei os eventos seguintes.

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Alguns esclarecimentos sobre Relações Públicas

Pessoal, recebi um questionamento muito pertinente sobre relações públicas de um leitor, o Thiago. Como a pergunta dele certamente é a mesma de muitas outras pessoas, da área de Relações Públicas ou não, profissionais, estudantes e indivíduos em geral, achei que seria mais interessante publicar a resposta aqui no Pró-RP, para que fique disponível a todos.

A resposta é longa, mas acredito que esclarece alguns pontos.

Segue a pergunta do Thiago, e, logo depois, a minha resposta.

Pergunta
Oi professora.

Gosto muito do seu blog. Mas tenho uma pequena pergunta.

Por quê ninguém fala NADA a respeito do RP de qualquer outra coisa que não seja na Indústria ou em empresas grandes?? E o RP de:

1 - Celebridades
2 - Atletas
3 - Comércio (lojas, restaurantes, danceterias)
4 - RP de produtos específicos em uma empresa: Por exemplo: RP para lançamento de um Game para PC.
5 - RP da industria da Moda.
6 - RP de Político
7 - RP de Clubes Esportivos
6 - RP de Bandas musicais
8 - RP de Editora de Revistas, ou RP de uma única publicação.
9 - RP de Eventos (porque beleza, RP não é pra fazer festinha, ma com certeza deve ser o melhor profissional do mundo em fazer festas (eventos).

Sinceramente não entendo.

Fiz uma pesquisa grande estes dias sobre o RP e o mercado de Games. Sabe o que encontrei em português? Nada. Pesquisei tudo em Inglês. Fiz um trabalho de 70 slides a respeito disso, apenas para um produto específico: Game.
Resposta

Oi, Thiago!

Obrigada por acompanhar as postagens do Pró-RP, e principalmente por ter a iniciativa e coragem de fazer os teus comentários. A tua pergunta vem muito a propósito. Além de não haver muito conhecimento sobre as atividades de relações públicas em geral, também existe uma grande confusão em relação aos níveis de sua atuação bem como às áreas e nichos em que atua ou pode atuar.

Com certeza o relações públicas e a atividade de Relações Públicas são importantes em qualquer organização do primeiro, segundo e terceiro setor. O que acontece, é que as grandes empresas foram as primeiras a se darem conta da necessidade de um trabalho de comunicação que não seja unicamente de publicidade e propaganda, quando observaram que os resultados são efêmeros, restritos a pouco mais que o tempo de veiculação. Ao implantarem o planejamento estratégico nas empresas, notaram que comunicação também é estratégica e precisa ser trabalhada como tal.

Dessa forma, as atividades de Relações Públicas que são desenvolvidas com fins exclusivos, como para lançamento de produtos e serviços de uma organização, como falaste, são etapas táticas e operacionais que fazem parte de um plano estratégico anterior. Numa organização que tenha a estrutura de comunicação bem elaborada, há, pelo menos três níveis de atividades e respectivos profissionais de comunicação. Numa rápida explicação, temos:

Nível ESTRATÉGICO – É relativo à gestão da comunicação da empresa como um todo, elabora os planos de comunicação de médio e longo prazo (períodos de gestão comumente em torno de 5 a 10 anos) delineados sobre objetivos gerais e alinhados ao plano estratégico geral da empresa. Os profissionais deste nível geralmente têm mais de 10 anos de graduação, pós-graduação, e vários anos de mercado e são conhecidos como diretores ou gerentes. É onde são determinadas as políticas e diretrizes de comunicação além de ser responsável pelo acompanhamento do cumprimento cronograma, verificação de resultados e relatório gerencial. É onde são estabelecidos os recursos financeiros que serão disponibilizados para a comunicação corporativa, analisados e consolidados os relatórios cujos resultados serão divulgados para toda a empresa e para os demais públicos de interesse, avaliada a relação custo-benefício dos investimentos realizados por período, e que avaliam a necessidade ou não de revisão de estratégias, de limite de verbas, do plano de comunicação, realinhamentos, entre outras atividades de alto nível gerencial.

Nível TÁTICO – Trata do desenvolvimento dos programas de curto e médio prazo (geralmente de 1 a 5 anos), que são desdobramentos do plano geral de comunicação, determina objetivos específicos alinhados aos gerais e direcionados a necessidades mais pontuais da organização, bem como as abordagens que serão utilizadas para atingí-los. Os profissionais têm de 2 a 5 anos de formados, especialização ou cursos de curta duração no currículo, e menos tempo de mercado, geralmente enquadrados em subníveis como júnior, pleno e sênior, e orientam e supervisionam a execução. Aqui são determinados quais os instrumentos que serão utilizados de acordo com as características e abrangência dos públicos-alvo e públicos indiretos, delimitam as verbas para cada segmento, determinam programas específicos para datas marcantes, novos produtos e serviços a serem lançados pela empresa (aqui entra a questão do lançamento de games que comentaste), reúnem e sintetizam as informações e elaboram relatórios.

Nível OPERACIONAL – É onde são elaborados os projetos de curto prazo (que podem ser de semanas até um ano) que desenvolvem as ações que chegarão até os públicos-alvo. São determinados e detalhados os instrumentos e todos os passos a serem executados para a operacionalização das atividades. Neste nível, trabalham estudantes de graduação em comunicação ou aqueles com até 2 anos de formados (de estagiários a auxiliares e trainées), e estão sob constante supervisão e orientação dos superiores do nível tático. Aqui é que são vistos os profissionais de relações públicas que desenvolvem eventos estratégicos, como na tua pergunta, ou os que elaboram conteúdo para jornais empresariais, murais, sites, blogs, imprensa, pesquisas de opinião, pesquisas de satisfação, tabulações, levantamentos, orçamentos, contatos, redigem releases, fazem registros e relatórios detalhados, etc.

Isso é o que acontece nas grandes organizações, que têm estrutura física e financeira para tanto. Outras empresas mantêm apenas o nível estratégico em sua estrutura e terceirizam os níveis tático e operacional; ou, ainda, terceirizam apenas o nível operacional. Esse é o nicho em que as agências e consultorias de comunicação geralmente atuam.

Por outro lado, sempre é bom lembrar que instituições não são necessariamente aquelas que são compostas por vários funcionários, com sede em edifícios comerciais, que industrializam e/ou comercializam produtos de consumo de primeira necessidade ou serviços essenciais. A nossa sociedade é complexa e dela também fazem parte as atividades de lazer e entretenimento, esportes, turismo, moda, cultura, etc. Sendo assim, atletas, políticos, atores, músicos, escritores, artistas, celebridades em geral, também são instituições, geralmente com CNPJ, e muitas vezes com representatividade internacional. E, certamente, precisam gerenciar sua imagem e reputação tanto ou talvez até mais que muitas organizações, uma vez que, por terem uma estrutura menor, podem ser prejudicados muito mais rapidamente.

Entretanto, talvez até em função dessa estrutura menor, o mais comum é que essas instituições contem com apenas um ou dois profissionais responsáveis por quase todas as áreas do negócio. São os que costumam chamar de “agentes” ou “empresários”, que, embora muitas vezes sejam administradores, também podem ser advogados, economistas, contadores, jornalistas, relações públicas, além de não ser raro não terem uma graduação específica, mas serem pessoas com visão e tino para negócios. É comum essas pessoas serem as responsáveis pela administração da carreira da celebridade e contarem com assessorias específicas para algumas áreas, como por exemplo, assessoria de imprensa, jurídica, contábil, publicidade, etc. Na verdade, faltam pesquisas e dados estatísticos capazes de nos dar as informações corretas para podermos conhecer e analisar informações sobre a atuação de Relações Públicas nesse segmento.

Um último lembrete: a indústria da moda vive e sobrevive de imagem, aparência, comportamento, opinião e publicidade, além de contar permanentemente com celebridades tanto como criadores quanto usuários e divulgadores de moda. Certamente o trabalho de relações públicas é fundamental nessa área, e as grandes grifes, que também contam com uma estrutura organizacional mais delineada, têm absoluta consciência da importância da comunicação no seu negócio. Acredito que haja muitos profissionais de relações públicas atuando nessa área, mas, mais uma vez, faltam-nos dados que possam dar base para afirmações mais seguras.

Não seria ótimo se fosse desenvolvida uma grande pesquisa nacional para conhecermos melhor a realidade da comunicação e das Relações Públicas no país?

Espero ter ajudado um pouco a esclarecer as tuas dúvidas, ao mesmo tempo em que deixo a provocação para que nós e outros profissionais e interessados busquemos formas de ampliar o leque de conhecimento sobre a atuação das Relações Públicas no Brasil para que possamos, também, difundir nossa profissão e aumentar nosso mercado.

Um grande abraço e obrigada pela oportunidade de me fazer elaborar o pensamento sobre o assunto.

quinta-feira, 18 de outubro de 2007

O Submarino submergiu

Tive uma triste experiência com o Submarino Viagens. No dia 14 de outubro de 2007, domingo, quando abri meu Outlook, recebi um e-mail marketing deles, expedido no dia 13 de outubro, às 23:56, divulgando promoções de passagens aéreas. Eu já vinha pesquisando preços de passagens para Hong Kong para o início do ano que vem, que variam de preços mas que estavam ao redor dos U$3500. Então, imagine o meu entusiasmo quando encontrei essa oferta!




Imediatamente cliquei no link e, surpresa, não encontrei nenhuma informação sobre essa passagem. Então, utilizando o número de telefone lá divulgado (4003-9888) tentei descobrir a informação, mas o atendente (Brian, Ryan, Caian ou qualquer coisa parecida que não entendi, apesar de ter perguntado duas vezes para tentar entender) não localizou a oferta.

Depois disso, enviei um e-mail para o endereço que consta no site e que me foi confirmado ao telefone atendimento@submarinoviagens.com.br, solicitando a informação e confirmando o meu interesse na dita passagem. Poucos minutos depois recebi a mensagem “This is an automatically generated Delivery Status Notification. Delivery to the following recipients failed. atendimento@submarinoviagens.com.br”. Verifiquei se não havia digitado alguma coisa errado. Não, estava tudo certo, enviei novamente o e-mail, desta vez com cópia para o PROCON-SP e também para postmaster@submarinoviagens.com.br.

Novamente recebi a mensagem de falha na entrega, com o acréscimo “Mailbox unavailable or access denied - <postmaster@submarinoviagens.com.br>”. Procurei o endereço físico do Submarino Viagens ou do Submarino e descobri que essa informação não aparece em local algum no site.

Resumo da ópera, sensação de que fui ludibriada, que enviaram propaganda enganosa, e que não existe nenhuma outra forma de entrar em contato com a empresa além do número de telefone, que também não serve para muita coisa uma vez que o atendente não conseguiu localizar a oferta nem me oferecer algo mais ou menos no mesmo nível. 

Detalhe: até hoje também não recebi nenhuma resposta do PROCON-SP.
Daí a tristeza. Até então, sempre tive uma ótima impressão do Submarino, das muitas vezes que realizei compras pelo site. Sempre encontrei o que procurava, o processo de compra é tranqüilo, a entrega é rápida, os produtos são originais. E nunca me cansei de elogiar e recomendar o site para pessoas que estivessem procurando comprar alguma coisa online. Mas, só agora descobri que eles “escondem-se” dos clientes e fazem propaganda enganosa. Não sei, sinceramente, se isso só começou a acontecer depois da aquisição pela Americanas.com, ou se já era assim antes.

Mas, de qualquer forma, deixo aqui o meu alerta: cuidado! Se tudo der certo, ótimo! Mas se alguma coisa der errado, vocês vai ter uma certa dificuldade de entrar em contato pelo meio mais óbvio quando se fala em uma empresa online: o e-mail. E, se eventualmente, você quiser ir pessoalmente resolver o problema, pior ainda! Onde fica a administração da empresa? 

Da minha parte, o grupo Submarino todo caiu, e muito, no meu conceito. Deixei de ser uma cliente fiel e muito menos uma promotora voluntária dos serviços da empresa. Tá certo, eu sou uma só e minha rede de relacionamentos não deve ir muito além de 3 mil pessoas, mesmo lembrando que a cada semestre tenho pelo menos 100 novos alunos. Posso até não ajudar a reduzir a clientela do Submarino, mas com certeza não vou contribuir para aumentá-la.

E, infelizmente, o PROCON-SP, também não me deu retorno. Tudo bem, possivelmente não poderiam resolver o problema por e-mail, mas, já que se trata de um endereço de ouvidoria, poderiam, pelo menos, ter me dado uma resposta orientando sobre o que fazer, onde ir, que documentos encaminhar, ou qualquer outra coisa. Mas, nada!

Enfim, enquanto reputação é o histórico de credibilidade de uma organização, e imagem é a percepção dos públicos sobre ela, posso garantir que a minha percepção mudou para pior. E no que me concerne, a reputação de ambas, também. Uma pena!

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Remuneração do Comunicador

A revista Imprensa de setembro de 2007 publicou uma matéria sobre a pesquisa realizada pela DMR Consulting e DataAberje com o título "Quanto ganha o comunicador".

Ao que tudo indica, cresce a compreensão do papel da comunicação social nas organizações e as empresas valorizam mais os profissionais que trabalham nessa área, que passam a compor o "seleto time dos altos executivos". Entretanto, as competências exigidas dos comunicadores pelos empregadores também são altas, como mais de uma formação, línguas estrangeiras e liderança e, em alguns casos, apesar de procurarem por perfis fantásticos, resistem a pagar por isso.

A média de salários na área da comunicação corporativa é a seguinte:

DIRETORIA - R$ 23.635
GERÊNCIA - R$ 15.085
COORDENAÇÃO - R$ 6.275
ANALISTA Sênior - R$ 3.850
ANALISTA Pleno - R$ 2.830
ANALISTA Júnior - R$ 2.220

Veja os resultados completos em http://www.aberje.com.br/novo/pesquisa_aberje/pesquisa_remuneracao.pdf

E a matéria da revista Imprensa em http://www.aberje.com.br/novo/noticias/2007/pesquisa_salarios.pdf

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

4º Simpósio de Comunicação Integrada

A pedido, divulgo aqui a realização do 4º Simpósio de Comunicação Integrada que acontecerá no dia 23 de outubro, no Rio de Janeiro.

O tema deste ano é Quem somos? Onde estamos? Para onde vamos?

Quem tiver oportunidade, não perca. O Rio é logo ali, ainda é a Cidade Maravilhosa, e o Simpósio está prometendo ser quente!

A comunicação corporativa mostra a que veio em evento com a participação de Ariano Suassuna

No ano em que completa oito décadas de uma vida marcada pela militância a favor da cultura brasileira, o poeta, dramaturgo e romancista Ariano Suassuna participa do 4º Simpósio de Comunicação Integrada, no dia 23 de outubro, para falar da formação da nossa cultura a partir das idéias que estão na raiz do Movimento Armorial.

Com o tema Comunicação Corporativa – Quem somos? Onde estamos? Para onde vamos?, o evento, uma realização da Casa do Cliente Comunicação 360º, acontece no auditório da Sede do Jockey Club Brasileiro, no Centro do Rio de Janeiro.

Ariano abre os debates do painel Quem somos?, sobre Cultura Organizacional, Identidade, Percepção e Reputação, com os executivos de duas grandes corporações: a catarinense Weg, (...) representada pelo Gerente de Relações com Investidores, Luis Fernando Moran de Oliveira; e o Citi, (...) na figura de seu Superintendente Executivo de Recursos Humanos e Assuntos Corporativos, Henrique Szapiro. A mediação é de Antonio Fandiño, Professor-Pesquisador do Mestrado em Administração da UFRRJ e consultor em estratégia de Recursos Humanos.

No segundo painel, Onde estamos?, Risoletta Miranda, sócia-presidente da Addcomm, comanda o debate sobre as novas Tecnologias da Informação e o seu impacto na Comunicação Empresarial. De um lado Cezar Taurion, Gerente de Novas Tecnologias aplicadas da IBM Brasil (...). De outro Marco Antônio Lage, Diretor de Comunicação Corporativa da Fiat (...).

Finalmente, no terceiro painel, Para onde vamos?, estarão em pauta a Sustentabilidade, a Inovação e o Futuro, onde o público poderá conhecer a visão de Simone Soares, gerente de Comunicação Corporativa e Gestão de Marca da Suzano (...) e de Felix Ximenes, Diretor de Comunicação do Google (...). O debate será mediado por Lala Deheinzelin, Presidente da Enthusiasmo Cultural e Diretora de Cooperação Internacional do Instituto Pensarte.

A jornalista Lucia Abreu fará uma participação especial na condução geral dos painéis. Lucia foi apresentadora de diversos programas da TVE do Rio de Janeiro, como o Observatório da Imprensa, Intervalo, Caderno 2, Sete Dias e Educação em Revista, e atualmente integra a equipe da TV Nacional/Radiobrás, em Brasília.

O 4º Simpósio de Comunicação Integrada tem o patrocínio da Unimed Rio e o apoio institucional do Sistema Nacional ABRH, da Aberje, da Abracom, do Senac Rio, da Coppead/UFRJ e da Alumni/Coppead.

Informações e inscrições pelo telefone (21) 2549-4930 ou no site
www.casadocliente.com.br/simposio.

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

A inscrição para o vestibular da USP - parada no tempo?

A USP - Universidade de São Paulo é uma universidade reconhecida nacionalmente e até no exterior. Isso todo mundo sabe e eu nem precisaria dizer. A fama de muitos de seus professores-pesquisadores, em diversas áreas, transpõe fronteiras nacionas e internacionais e serve de referência quando se fala em educação superior.

Todavia, o fato de sabermos e reconhecermos isso não impede que façamos questionamentos. Essa é uma das maravilhas da democracia: liberdade para observar, comparar, elaborar pensamentos, falar sobre eles e fazer questionamentos.

Uma das coisas que me surpreendem em relação à USP é o
vestibular. Não as provas em si, mas o processo de inscrição. Quem já se aventurou a inscrever-se conhece a via crucis. É de uma burocracia e conservadorismo assustadores.
É um dos poucos que não acontece, nem como alternativa, via Internet. Já ouvi comentários do tipo: "Ah, mas é universidade pública!". E daí? A
Unicamp é universidade pública do estado de São Paulo e as inscrições são pela Internet. Sem falar em dezenas de outras país a fora, tanto estaduais quanto federais. Mais as privadas, claro!
  1. O boleto não pode ser pago em caixa eletrônico ou pela Internet porque "precisa ter o registro do caixa" (só faltava ser carimbo!) e tem que ser pago unicamente numa das agências especificamente determinadas para isso, da rede Santander Banespa.
  2. O "kit do candidato" tem que ser retirado exclusivamente nessa agência onde for realizado o pagamento.
  3. O preenchimento da ficha de inscrição é outra novela. Tem código para tudo e para que se possa descobrir cada código muita árvore foi derrubada para compor o número de páginas do dito manual.
  4. A entrega do formulário preenchido só pode ser feita em DOIS únicos dias, em endereços pré-determinados, com filas enormes.

    Isso acaba dando mais o que pensar:
  • Será que não há ninguém com formação nos afamados cursos da USP para desenvolver um sistema de inscrição online?
  • Será que não há ninguém com formação nos afamados cursos da USP para planejar o processo seletivo de maneira mais prática e menos burocrática?
  • Será que não há ninguém com formação nos afamados cursos da USP que administre a instituição com a atenção voltada para questões ambientais, estimulando a redução do uso de papel e do deslocamento no trânsito caótico de São Paulo?
  • Será que quem administra a instituição e o vestibular não sabe que se pode disponibilizar boletos para pagamento e qualquer agência bancária?
  • Será que a automatização e informatização das inscrições acabaria por deixar à mostra um contingente excessivo de funcionários administrativos que sem o vestibular ficaria sem função?
  • Será que a economia que se alcançaria com a informatização do processo não pode ser revertida para finalidades de investimento nos cursos ou nos campi e por isso a instituição não abre mão da burocracia?
  • Será que a dificuldade para realizar a inscrição é uma forma de aparentar maior "importância"? (Xi, o vestibular da USP é ainda mais difícil que a inscrição!)
  • Será que ninguém nunca reclamou desse processo?
  • Será que a USP nunca fez uma pesquisa de satisfação com os alunos e candidatos?
  • Será que todo mundo acha que é assim mesmo e que não adianta reclamar que nunca vão mudar?

Poderíamos encarreirar milhares de perguntas aqui. Na verdade, talvez nem queiramos respostas às perguntas, mas sim a mudança efetiva. Pessoalmente, não pretendo fazer algum novo vestibular na vida. Tenho duas filhas que ainda farão, talvez elas sejam diretamente beneficiadas. Mas, na verdade, estou pensando nos futuros candidatos (milhares e milhares), na imagem e reputação da USP.

A antiga mas sempre atual frase "a primeira imagem é a que fica" vale para todos e para tudo. Qual será a impressão que fica para os candidatos em relação aos processos administrativos da USP?

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

A Dell no "eixo do mal"

Quando se fala em riscos à imagem e reputação, dificilmente passa pela cabeça que uma empresa como a Dell poderia estar na linha de tiro.

Pois, pasme! A Dell está passando por um momento que poderá rapidamente transformar-se em uma crise caso não seja dada a devida atenção à recente denúncia, pela Folha de São Paulo, de que a Dell pediu a assinatura de um comprador a um termo de responsabilidade que impede a venda do computador adquirido a países do chamado "eixo do mal".

A empresa alega que segue uma exigência da lei americana e que, se não cumpri-la, a matriz nos Estados Unidos pode ser punida. Entretanto, oo governo brasileiro vê a questão sob outra ótica, conforme outra notícia veiculada no mesmo jornal. A empresa chama-se Dell do Brasil, é uma empresa brasileira, "que recebe inclusive dinheiro do próprio MCT [Ministério da Ciência e Tecnologia] via Lei de Informática" e, portanto, não deve submeter-se a normas de outro país para a venda de seus produtos.

Não sei qual a sua opinião, mas convido-o a pensar um pouco sobre o assunto. Até que ponto uma empresa que tem suas atividades em território brasileiro tem o direito de nos fazer cumprir exigências da legislação americana, ou de qualquer outro país? Quando se fala em ciência, sabe-se que o conhecimento não tem como avançar se não houver a troca de informações, pesquisas e resultados entre diferentes pesquisadores de diferentes países. Certamente os Estados Unidos também têm parcerias na área científica e tecnológica com diversos outros países, sem falar que sabe-se que por anos a fio vem financiando o desenvolvimento de tecnologia e armamento para guerras de outras nacionalidades, embora "por baixo dos panos".

Da minha parte, vinha até pensando em comprar um computador da Dell para substituir os meus cacos velhos em casa. Mas depois dessa, larguei de mão. Assim como a sociedade cada vez mais tem consciência da necessidade de apoiar as empresas que apresentam um trabalho social ou ambiental sério, também temos que evitar aquelas que desenvolvem e aplicam ações sectárias baseadas em razões, no mínimo, discutíveis.

Convido você a acompanhar o desenrolar dessa história. Ela certamente envolve questões de relações públicas em nível internacional. Pode dar um belo estudo de caso para os próximos semestres!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Flip Zero Hora - Um modelo de jornal

O jornal Zero Hora, de Porto Alegre, inaugurou uma nova era na visualização do jornal impresso na web.

Enquanto muitos e muitos bons jornais e revistas por aí não dão acesso às notícias e reportagens aos não-assinantes, e mesmo aos assinantes não disponibilizam nos sites as fotografias veiculadas na versão impressa, o Zero Hora inova e oferece, desde 31 de agosto, a todo e qualquer internauta a oportunidade de folhear página a página a réplica fiel do jornal que vai às bancas ou é entregue em domicílio aos assinantes.

A sensação de "realidade virtual" é fantástica! Como se já não bastasse a diagramação moderna e o formato que tornam a leitura do jornal-papel prática, bem ao gosto do freguês.

Parabéns, Zero Hora e RBS! Que continuem servindo "de modelo a toda terra"!


Homenagem ao 20 de setembro
Revolução Farroupilha - Dia do Gaúcho

sábado, 15 de setembro de 2007

Palestra MVL-Gol - Para lembrar...

Infelizmente não temos fotografias de excelente qualidade, mesmo assim, é possível ter uma idéia da presença maciça dos alunos e dos bons momentos vividos durante a excelente palestra de Mauro Lopes, da MVL Comunicação, no dia 04 de setembro, no auditório Sigma da Universidade Metodista de São Paulo.


Esta fotografia apresenta uma panorâmica da platéia de mais de 300 alunos que lotou o auditório, a maioria formada por estudantes de Relações Públicas, mas também de Jornalismo e vários professores.

Mauro relata aos estudantes a intervenção imediata da assessoria de comunicação, enviando um e-mail do presidente da Gol, que foi divulgado no ar durante a veiculação do programa Mais Você, da Rede Globo, em que a apresentadora abordava a atuação da Gol no atendimento aos familiares das vítimas do acidente com o vôo 1907.

Com atenção, simpatia, honestidade e cordialidade, Mauro ouviu e atendeu dezenas de questionamentos dos alunos após a palestra, por cerca de uma hora.

Mauro Lopes, diretor-presidente, e Silvana Cintra, coordenadora de crises da MVL Comunicação, recebem uma lembrança da Faculdade de Jornalismo da Universidade Metodista, um modesto agradecimento ante a boa vontade demonstrada pelos profissionais ao disporem-se por mais de duas horas para compartilhar experiência e conhecimento com os estudantes de comunicação da Metodista.

Um evento que certamente ficará marcado em nossa lembrança, que nos acrescentou muito, e que a partir de agora eleva as nossas expectativas para palestras futuras.
Em nome dos alunos, da Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas da Universidade Metodista, e em meu próprio, registro mais uma vez o nosso muito obrigado ao Mauro Lopes, à Silvana e à MVL Comunicação.

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Uma lição completa

A palestra da MVL foi um verdadeiro sucesso de público! Tínhamos uma expectativa entre 160 e 180 pessoas para assisti-la. Para nossa surpresa, o Auditório Sigma, que tem capacidade para 300 pessoas, lotou e ainda ficou muita gente sentada no chão e nos degraus do palco. Além de alunos do 4º, 5º e 6º semestres de Relações Públicas, também tivemos a presença de alunos do curso de Jornalismo, além de vários professores de ambos os cursos.

Mauro Lopes, diretor-presidente da MVL Comunicação, contou em detalhes todo o processo de gestão de crise durante o tempo em que a “sala de crise” da Gol ficou em operação (16 dias) e Silvana Cintra deu o apoio de retaguarda. Por cerca de 1 hora e 20 minutos alunos e professores ficaram absorvidos por todo o relato. Alunos atentos, tomando notas, professores fazendo pequenos comentários entre si e escrevendo lembretes.

Enquanto alguns alunos batiam em retirada por volta das 21h e 20min por precisarem assistir aulas, os demais permaneceram no auditório num pequeno intervalo de menos de 5 minutos. Imediatamente após foram brindados por uma rodada de quase uma hora de perguntas e respostas de alunos e professores em que Mauro Lopes foi incansável, correspondendo à altura os questionamentos, os quais se mostraram interessados, inteligentes e afiados. Ao final, Silvana e Mauro ainda se dispuseram a trocar algumas palavras com alunos e professores que os abordaram na saída do palco.

Certamente, muito mais do que uma noite diferente das aulas normais, tivemos uma oportunidade única de entender como funciona a comunicação numa crise empresarial, e, principalmente, o que é fundamental para que ela tenha resultados positivos. O melhor de tudo, foi termos essa aula explicada e exemplificada por quem entende do assunto e que não tem medo de compartilhar conhecimento e experiência com simplicidade e sem presunção. Uma lição em todos os sentidos!

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Palestra da MVL: comunicação na crise do vôo Gol 1907

Acontece hoje à noite a palestra sobre a gestão da comunicação de crise por ocasião do acidente com o avião da Gol, vôo 1907, ocorrido no ano passado. Os palestrantes serão Mauro Lopes, diretor-presidente, e Silvana Cintra, coordenadora de crises da MVL Comunicação, agência que assessorou a Gol durante todo o período.

Inicialmente prevista para ser apresentada apenas para as duas turmas de Gestão Etratégica de Relações Públicas, do curso de RP da Universidade Metodista, a notícia alastrou-se entre os demais alunos e professores dos outros semestres que demonstraram interesse de participar e foi necessário fazer a transferência de local para um auditório de mais capacidade.

A "comunidade" dos alunos de Relações Públicas da Universidade Metodista aguarda ansiosamente pela oportunidade única de conhecer os detalhes da gestão da comunicação de crise realizada pela agência, cujos palestrantes colocaram-se à disposição para, após a palestra, responder os questionamentos dos alunos e conversar sobre o tema.


sábado, 25 de agosto de 2007

Zaffari-Bourbon: propagandas institucionais

Caríssimos!

Muitos e muitos de vocês pediram que eu disponibilizasse as propagandas institucionais que apresentei em sala de aula na disciplina de Comunicação Corporativa nos semestres anteriores.
Como são arquivos muito grandes, não pude enviar por e-mail e nem mesmo publicar nos "grupos", que delimitam o tamanho dos arquivos postados.
Então, encontrei uma alternativa: vou colocar aqui no nosso blog alguns dos vídeos para que possam assistir e/ou encontrar com maior facilidade no YouTube.
Assistam de novo, vejam alguns que ainda não conheciam, e apreciem alguns dos melhores exemplos brasileiros de propaganda institucional. Nada como saber tocar os públicos pela emoção, sem nenhuma conotação comercial.
Além dos que indico aqui, ainda há outros que não estão no YouTube.

Zaffari-Bourbon
Natal 1996
http://br.youtube.com/watch?v=TOP3ryU1kVU


Zaffari-Bourbon
Natal 1999
http://br.youtube.com/watch?v=gHR-P70An_Y



Zaffari-Bourbon
Natal 2002
http://br.youtube.com/watch?v=VygbkBU3uL4

Zaffari-Bourbon
Natal 2005
http://br.youtube.com/watch?v=bXyDTR4CZEw

Zaffari-Bourbon
Dia dos Pais 2005-2006
http://br.youtube.com/watch?v=wVEiwXkOugs


Zaffari-Bourbon
Dia dos Pais 2007
http://br.youtube.com/watch?v=jxX3_gBY3lQ


Zaffari-Bourbon
Dia das Mães
http://br.youtube.com/watch?v=UZNDdqbIsUk


Zaffari-Bourbon
100 anos de Mário Quintana
http://br.youtube.com/watch?v=FcJk3NuMY4s


Zaffari-Bourbon
Aniversário de Porto Alegre
http://br.youtube.com/watch?v=R0DFMwNZGkU

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

O caso do vôo 1907 da Gol na Universidade Metodista

O diretor-presidente Mauro Lopes e a coordenadora Silvana Cintra da MVL Comunicação, agência que apóia a comunicação da Gol, trarão aos alunos do 6º semestre de RP da Universidade Metodista uma apresentação e palestra sobre o case do Vôo 1907 da Gol.
O evento ocorrerá no Anfiteatro Iota, dia 04 de setembro, às 19h30, e tem como objetivo apresentar a experiência bem sucedida como ilustração ao tema "Comunicação na Crise", um dos conteúdos abordados nas disciplinas de Comunicação Corporativa e Gestão Estratégica em Relações Públicas.
O caso foi acompanhado pelos alunos no decorrer do semestre passado, e vários desenvolveram artigos baseados no estudo do mesmo dentro da disciplina de Comunicação Corporativa.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Aviso aos Navegantes: SPEDDY não está acessando Blogspot

Gente!

Minha conexão é Speedy/Telefônica, a qual já há dias está com problemas de comunicação com vários sites internacionais, inclusive com todos os blogs do BLOGSPOT. Se vocês também são felizes clientes Speedy, possivelmente estejam enfrentando a mesma situação, inclusive em relação a acesso ao Orkut.

Então, não estranhem a falta de postagens aqui ou eventuais não-respostas a comentários. Hoje estou entrando "por outros meios".

Espero que o problema seja resolvido em breve (ai, ai, ai...) e que eu possa retomar um bom ritmo de postagens.

terça-feira, 24 de julho de 2007

Como agir em uma crise, com a emoção ou com a razão?

Segue um questionamento a partir da crise da TAM enviado para publicação por um leitor do Pró-RP. Aliás, a crise da TAM, do aeroporto de Congonhas e o caos aéreo dão muito pano para manga aqui neste fórum.
O espaço está aberto para quem quiser comentar a respeito. Quem quiser enviar um post maior, mande para o e-mail pro.relp@gmail.com.

Em tempo: em função de um comentário anônimo que foi publicado há um tempo atrás de maneira pouco educada, infelizmente tive que eliminar a possibilidade de comentários anônimos. Todos podem colocar seus posicionamentos e fazer argumentações aqui, mas sempre de maneira ética, clara e honesta, conforme os princípios das RP.

Como agir em uma crise, com a emoção ou com a razão?
Por Pedro Prochno*

Na última terça-feira (17/7) a TAM entrou, novamente, em uma grande crise (em todos os sentidos). A última pela qual a empresa tinha passado ocorreu em 31 de outubro de 1996 quando um Fokker 100 caiu, 25 segundos após decolar, em uma área residencial no entorno do aeroporto de Congonhas. Em matéria recente publicada pela revista Época (23/7/2007 pg. 44 - http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG78143-6009-479,00.html) é feita uma análise (superficial, é claro) dos prós e contras das ações de gerenciamento de crise da TAM neste e no outro acidente, e também entre a TAM e a GOL que passou por crise semelhante 10 meses atrás.

Um ponto interessante e que gostaria de abordar aqui é o uso do emocional e do racional no gerenciamento da crise e, principalmente, no contato com os envolvidos (ou famílias dos envolvidos). A matéria mostra que a TAM preparou um plano de gerenciamento de crises após o primeiro desastre que aconteceu, porém tal plano não era "completo" (leia-se perfeito - afinal de contas lidamos com hipóteses e suposições certo?). Este plano e, de acordo com a análise dos jornalistas, leva em conta manuais internacionais de acidentes aéreos que defendem a informação primeiro para a família das vítimas e depois para o público. Eles fazem um contraponto dizendo que a GOL seguiu linhas próprias, mais emotivas e assim conquistou a simpatia e confiança das pessoas.

Sabemos que diferentes situações requerem diferentes atitudes, porém, como devemos analisar ambas as formas de se abordar um problema muito parecido? Existe certo e errado, ou maneira mais adequada? Em sua opinião, qual seria a maneira mais eficaz/eficiente de se portar perante um desastre aéreo? Para a discussão deste tópico recomenda-se a leitura do artigo (Revista Época 23/7/2007 pg. 44 - http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG78143-6009-479,00.html).

* Pedro Prochno é aluno do 6º semestre do curso de Relações Públicas da Universidade Metodista de São Paulo e estagiário de Relações com a Imprensa do Banco Real.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

O que É Relações Públicas

  • Análise de cenários e mercado
  • Autoconhecimento e verdade
  • Busca de resultados tangíveis
  • Equilíbrio de benefícios para a organização e a sociedade
  • Informação e comunicação adequada
  • Mapeamento de públicos
  • Pesquisa de necessidades e expectativas
  • Porta-voz empresarial
  • Realização de eventos estratégicos
  • Relacionamento

Análise de cenários e mercado – o profissional de relações públicas tem conhecimento e formação para realizar uma ampla análise de cenário e do mercado em que a organização está inserida. Essa é uma das primeiras etapas do trabalho de um RP, pois não é possível que seja desenvolvido um plano com previsão de resultados positivos se não houver o conhecimento prévio da real situação em que a empresa se encontra.
Autoconhecimento e verdade – o profissional de relações públicas promove o autoconhecimento da organização para que esta identifique suas verdades, seus valores, sua cultura, seus princípios e a partir disso estabeleça as diretrizes que balizarão os relacionamentos com todos os seus públicos de interesse.
Busca de resultados tangíveis – embora o profissional de relações públicas não tenha como objetivo direto a venda de produtos e serviços, esse é um objetivo indireto, mais propriamente, uma conseqüência do estabelecimento de relacionamentos duradouros e harmoniosos entre a organização e seus públicos. Dessa forma, as ações de relações públicas têm resultados mensuráveis e tangíveis, na medida em que o aumento das vendas, o retorno e a fidelização dos clientes, o aumento da produtividade e da qualidade do serviço dos funcionários, a valorização das ações da empresa no mercado e o fortalecimento da marca têm impacto direto no faturamento e no lucro da organização.
Equilíbrio de benefícios para a organização e a sociedade – um relações públicas tem sempre em mente que o sucesso da organização está diretamente ligado ao desenvolvimento sócio-econômico do país e, portanto, gera impactos na sociedade. Dessa forma, as relações públicas trabalham para estabelecer e harmonizar relacionamentos que promovam o equilíbrio da satisfação tanto das organizações quanto da sociedade.
Informação e comunicação adequada – o trabalho de relações públicas tem como principal ferramenta de relacionamento a comunicação excelente entre a organização e seus públicos, ou seja, a transmissão clara das informações necessárias numa linguagem, instrumentos, meios e canais adequados às características de cada público. Uma mesma informação pode ser transmitida de diferentes formas, de acordo com cada público, para que seja recebida e compreendida com o máximo de facilidade e o mínimo de dúvidas.
Mapeamento de públicos – embora a maioria as pessoas pense que os públicos de uma organização resumem-se aos clientes e funcionários, na verdade eles são muitos além desses. Para conhecer todos os públicos que influenciam a empresa ou sofrem influência desta, é necessário que seja feito um mapeamento, de acordo com a área de atuação da empresa, área geográfica, interesses de negócio, jurisdição legal, entre muitos outros fatores.
Pesquisa de necessidades e expectativas – num relacionamento, seja da espécie que for, existem necessidades e expectativas de todas as partes envolvidas. É papel do relações públicas buscá-la, conhecê-las e interpretá-las, tanto de cada público quanto da própria organização, para que possa promover o equilíbrio da satisfação de todos.
Porta-voz empresarial – o profissional de relações públicas tem preparo para ser o porta-voz oficial de uma organização quando esta não dispõe de um representante do alto escalão preparado para sê-lo. Entretanto, o relações públicas procura sempre capacitar os líderes da organização para que eles mesmos desempenhem esse papel.
Realização de eventos estratégicos – de acordo com os objetivos estratégicos de relacionamento e comunicação, o relações públicas planeja e coordena eventos corporativos de diferentes portes e com diferentes públicos.
Relacionamento – é a palavra-chave que orienta o trabalho de relações públicas. Com base em conhecimentos da área da psicologia social e da sociologia, entre outras disciplinas, o relações públicas sabe que “tudo é feito por pessoas e para pessoas” e que, desta forma, nada é possível se não for estabelecido um relacionamento positivo entre as partes envolvidas para que os interesses entre as partes sejam alcançados satisfatoriamente.
GESTOR ESTRATÉGICO DA COMUNICAÇÃO – O profissional de relações públicas levanta informações, analisa-as e interpreta-as, e a partir desse conhecimento desenvolve planos estratégicos de comunicação únicos, customizados, para cada tipo de organização. Assim como as pessoas são diferentes entre si, as empresas também têm personalidades próprias, bem como histórias, percursos, experiências e objetivos diferentes. Não existe, portanto, uma receita pronta de comunicação e relacionamento que possa ser aplicada a todos ou vários tipos de organizações. O profissional de relações públicas tem conhecimento teórico e prático para desenvolver planos sob medida para as empresas, o que o torna um gestor competente e especializado da comunicação estratégica de uma organização.

O que NÃO É Relações Públicas

  • Acompanhante de executivos
  • Assistente de diretoria ou presidência
  • Catador de clientes
  • Construtor de imagem
  • “Enfeite” de eventos
  • Hipocrisia, ilusionismo e falsidade
  • Operador de telemarketing
  • Promotor de festas
  • Recepcionista de luxo
  • Vendedor ou representante de produtos e serviços

Acompanhante de executivos – embora muitas vezes o profissional de relações públicas acompanhe ou assessore o alto escalão da empresa, sua função nesses casos é evitar conflitos, orientar o assessorado em relação a questões de cerimonial e protocolo, receber eventuais solicitações de entrevistas e organizá-las, entre outras atividades relativas a aparições públicas do assessorado.
Assistente de diretoria ou presidência – assistente é o auxiliar ou adjunto do diretor ou presidente, em uma área específica de conhecimento técnico ou das atividades gerais do assistido. Pode ser um secretário executivo, por exemplo, que tem conhecimento de todas as atividades do diretor ou presidente e organiza a sua agenda e toma as providências necessárias para que o superior possa realizar com maior agilidade suas funções.
Catador de clientes – o profissional de relações públicas não é alguém que “pega clientes à unha” para divulgar produtos e serviços e convencê-lo a comprar. Muito pelo contrário, em relação aos clientes, que são apenas um dos muitos públicos de uma organização, o RP busca conhecer seu grau de satisfação em relação à organização, bem como captar e compreender suas necessidades e expectativas, de maneira a estabelecer com ele um relacionamento duradouro, muito além da simples aquisição de produtos ou serviços.
Construtor de Imagem – as Relações Públicas não “constróem” imagens, até porque imagem é um produto da percepção dos diferentes públicos da organização, e a percepção dos públicos pode ser muito diferente da percepção do próprio profissional de RP ou dos demais membros da organização. De acordo com o grau de informação, da cultura individual e social, do nível intelectual e da educação formal, entre outros itens, os indivíduos e grupos sociais percebem uma mesma situação, organização ou pessoa de diferentes formas.
“Enfeite” de eventos – por mais que um profissional de relações públicas tenha boa aparência, vista-se bem, seja desenvolto e simpático, de forma alguma é apenas uma peça decorativa ou de atração de um evento. Para isso servem acessórios de decoração como faixas, flores, luzes, obras de arte, balões coloridos, etc.
Hipocrisia, ilusionismo e falsidade – as relações públicas não trabalham com a simulação da realidade, charlatanice ou mentira. Só é possível construir relacionamentos verdadeiros e duradouros se de acordo com os valores éticos e morais, diretrizes e filosofias reais sobre o qual se alicerçam as organizações.
Operador de telemarketing – o telemarketing é uma ação de marketing cujo principal propósito é prospectar clientes e vender produtos e serviços. O profissional de relações públicas não desenvolve ações diretas de venda.
Promotor de festas – confraternizações, comemorações, congressos e outros tipos de eventos são instrumentos de comunicação com diferentes objetivos e desenvolvimentos que podem ser utilizados pelos profissionais de relações públicas desde que dentro de uma linha de raciocínio tático com a finalidade de atingir objetivos estratégicos.
Recepcionista de luxo – uma das atividades relativas às relações públicas é atender com atenção e cuidado todo e qualquer público que dirija-se à empresa, seja com o propósito de fazer reclamações, sugestões, ou qualquer outro objetivo. Entretanto, não é função de relações públicas atuar como um recepcionista ou telefonista, para o que existem profissionais específicos.
Vendedor ou representante de produtos e serviços – um profissional de relações públicas, como já dito anteriormente, não tem como uma de suas atividades fazer propaganda ou vender serviços ou produtos de uma organização. Tais atividades são ligadas à área comercial ou à de marketing, mas podem ser utilizadas como um canal de transmissão ou recepção de informações.
CONTATO DA EMPRESA COM OS CLIENTES – o profissional de relações públicas pode desempenhar, muitas vezes, atividades de relacionamento com públicos específicos, como é o caso da ouvidoria, por exemplo. Entretanto, o principal meio de contato de uma empresa com os clientes são os canais diretos de venda, sejam vendedores, representantes, distribuidores, sites de e-business, etc, cujo objetivo é oferecer produtos e serviços e converter essa oferta em aquisição.

O que NÃO É e o que É Relações Públicas

Antes de qualquer outra coisa, quero me desculpar por não ter postado nos últimos 14 dias. Quem também é professor ou é estudante, sabe bem que final de semestre letivo é sempre uma loucura e que não sobra tempo para quase nada.
É mais ou menos o que também acontece nos dois últimos e nos dois primeiros meses de todo ano nas empresas, em que há o fechamento dos relatórios anuais, o planejamento de custos para o próximo exercício, o cálculo e envio de recolhimentos para entidades, entre tantas outras atividades.

Neste post de hoje e no próximo, procuro esclarecer mais um pouco sobre o que é e o que não é Relações Públicas, sobre o que nós, profissionais, fazemos e não fazemos nessa atividade que tantas e tantas vezes é confundida com outras e até mesmo incompreendida.

Fica o espaço via "comentários" ou e-mail para que todos possam fazer sugestões que poderão ser incluídas nas listas, ou para fazer suas perguntas a fim de esclarecer outras dúvidas que tenham.

Conto com vocês para desmistificarmos e conhecermos cada vez melhor as Relações Públicas.

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Breve relato sobre o 10º Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa

Como prometi numa postagem anterior, agora faço um pequeno resumo sobre o evento.

O 10º Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa aconteceu nos dias 15, 17 e 18 de maio, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, promovido, como de costume, pela MegaBrasil Comunicação. O evento trouxe experiências de organizações do setor privado e público, inclusive de agências de comunicação, que foram compartilhadas com todos os presentes tanto nas plenárias quanto nas palestras segmentadas.

O grande recado do congresso é a necessidade imperiosa de darmos atenção às novas mídias, uma vez que são, atualmente, veículos de alcance maior que as mídias tradicionais, capazes de promover e arruinar a reputação organizacional com velocidade e impacto até pouco tempo inimagináveis. Conseqüentemente, torna-se também imperiosa a necessidade de se realizar um monitoramento das informações veiculadas sobre as empresas em sites, comunidades virtuais e blogs, tanto corporativos quanto de internautas formadores de opinião, dando-lhes a devida atenção e utilizando os mesmos instrumentos e linguagem desse ambiente para interagir com o público. Tal monitoramento pode ser realizado manualmente, entretanto, o mercado já dispõe de softwares capazes de fazê-lo, apresentando os resultados sob diferentes formas, de acordo, com os critérios estabelecidos pelos profissionais responsáveis pela comunicação organizacional.

Outro tema que teve grande destaque foi a Administração ou Gerenciamento de Crise. Pelo que pôde ser observado, as organizações que já estão conscientes da importância da reputação organizacional estão dando especial atenção à identificação e categorização de riscos com vistas à sua prevenção, bem como ao desenvolvimento de planos de gerenciamento tanto da crise como da comunicação de crise. Muitas das agências que trabalham com comunicação corporativa já mantêm uma equipe especializada e desenvolveram metodologias específicas para atender clientes cuja demanda seja voltada para o gerenciamento de crise.

Os temas sustentabilidade e desenvolvimento sustentável também estiveram presentes, sob o enfoque da importância desses conceitos e da adoção dos seus princípios pelas organizações, uma vez que, ao demonstrarem o comprometimento empresarial com o futuro do planeta, influenciam positivamente na reputação corporativa. Foi enfatizada a importância da comunicação corporativa em todo o processo da sustentabilidade nas organizações, desde o trabalho de disseminação dos conceitos e sua apropriação pelos colaboradores até a divulgação dos resultados. Na ocasião, o congresso trouxe para os participantes o primeiro ranking de empresas brasileiras bem-sucedidas na comunicação de seus projetos de Sustentabilidade.

O evento contou com palestrantes nacionais e internacionais relevantes no cenário da comunicação corporativa e, embora sem premeditação, fez jus à notoriedade que as novas mídias e a web 2.0 receberam. Rick Murray, presidente do me2revolution, área recém criada pela Edelman mundial que identifica e testa novas formas de comunicação, e que havia confirmado a presença no congresso, não tendo podido viajar devido a imprevistos profissionais, manifestou-se por videoconferência, inclusive interagindo com os participantes, ouvindo e respondendo aos questionamentos feitos.

Cabe observar que, lamentavelmente, poucos foram os acadêmicos que estiveram presentes ao evento, tanto docentes quanto discentes. Tomando-se a realidade do magistério superior no Brasil, pelo menos na nossa área e especialmente nas instituições de ensino superior privadas, raramente os professores podem manter uma atividade profissional paralela à docência e nem sempre conseguem manterem-se atualizados em relação à realidade do mercado corporativo. A participação da academia nesses eventos deveria ser estimulada e apoiada pelas instituições, como forma de reciclagem tanto dos professores quanto dos conteúdos vistos em sala de aula, bem como dos currículos dos cursos, de maneira a melhor preparar os alunos e futuros profissionais.

Em síntese, o evento foi um sucesso, tendo deixado em todos a sensação de aprimoramento do conhecimento e grandes expectativas para a próxima edição, prevista para maio de 2008.

Sobre autopromoção

Se tem uma coisa que eu acho profundamente decadente é essas pessoas que se autopromovem descaradamente como se vê várias por aí fazendo. Acredito e confio muito mais em quem recebe atenção pela competência comprovada do que por "venda de imagem". Muito pior se isso é feito por um profissional de Relações Públicas!

Isso é o oposto do que as verdadeiras Relações Públicas são e ensinam! A imagem tem que estar respaldada na reputação da pessoa/organização, e não o contrário! Seria até engraçado, se não fosse trágico, ver aquelas divulgações, feitas pelos próprios participantes, de eventos que acontecem aqui e acolá em que essa pessoas aparecem em fotografias com diretor-fulano, presidente-beltrano ou doutor-sicrano, legendadas pelos próprios interessados.

O pior é que, como aparecem na mídia ou elas mesmas enviam os e-mail e informativos, essa é a imagem que fica dos relações públicas para o mercado. Não é à toa que surgem pontos de vista como aquele apresentado no Brasil inteiro sobre as "pombas" por aí!

Como se vai mudar a visão das organizações e do mercado sobre nós se é isso o que se vê?

terça-feira, 5 de junho de 2007

Como "não" tratar o cliente - Um exemplo negativo de RP

Gente!

Sem querem mudar de assunto e já mudando, vocês sabem que sempre falo em aula que é importante termos exemplos de profissionais, exemplos de casos a serem seguidos e, também, os que NÃO devem ser seguidos. É aquele tipo de modelo que todos nós conhecemos e que sabemos que, caso a gente sinta que está indo para aquele lado, tem que fazer o maior esforço possível para mudar a direção.

Pois vejam no post que estou linkando aqui o que aconteceu em relação a um cliente que reclamou da má qualidade da sonorização do filme que foi assistir no cinema. Aproveitem e leiam também os comentários!

Vale investir esse tempo na leitura.

Abraços horrorizados.

quarta-feira, 30 de maio de 2007

Não pare de estudar e de se aprimorar!

No meio dessa discussão sobre o mercado de trabalho de relações públicas, recebemos a visita da Adriana Panzini, da Fundamento Comunicação Empresarial. Respondendo a uma mensagem anterior minha em que eu falava da realidade de mercado "diferente" entre a agência em que ela trabalha e o nosso, dos não ligados a uma agência, ela contribuiu com um relato pessoal da experiência que tem na área.

Mais uma vez pedi permissão para replicar aqui no blog, e, já que foi autorizado, segue o depoimento da Adriana, que, aliás, merece muita atenção tanto dos estudantes quanto do profissionais formados!

Na verdade, como o mercado é um só e somos parte dele, nossa realidade não está exatamente distante assim. Constatamos a falta de profissionais preparados na área de comunicação em diversas empresas, o que também acaba por nos penalizar, e, de outra mão, sofremos também com a falta de mão-de-obra qualificada quando precisamos de um profissional mais experiente. É um círculo nada virtuoso: como o profissional não tem oportunidade, muitas vezes não se desenvolve e não consegue o acesso às melhores posições.

Agora, jogando um pouquinho mais de tempero no debate, tenho a percepção também de um certo desinteresse generalizado dos alunos em buscar aperfeiçoamento, procurar saber mais sobre o mercado, acompanhar tendências, enfim, sair um pouco da casca da universidade e procurar se expandir. Mesmo em relação a conhecimentos gerais, cultura, política, um profissional que pretende atuar em RP não pode prescindir disso. Sempre que temos um processo seletivo por aqui, posso dizer que esta falta de conhecimento nos surpreende, e às vezes temos dificuldade em fechar as vagas. Mas este é um assunto que vai longe! :-)

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Bom... Já vimos três pontos de vistas diferentes. Um à esquerda, outro à direita, e um terceiro no meio termo.
Agora, gostaria de fazer algumas observações baseada na minha experiência como profissional e professora.
O que se pode notar é que:

  1. Em qualquer site e agência de recursos humanos há vagas em grande quantidade para estudantes de relações públicas. É mais do que comum que essas vagas sejam para operadores de telemarketing, promotores e divulgadores de produtos, e vendedores em geral.
  2. Muitas empresas contratam "estagiários de comunicação" ou "estagiários de relações públicas", com carga horária nominal de 8 horas (mas que pode ser até de 12 horas), para pesquisar, planejar, executar, controlar e avaliar projetos, programas e planos de comunicação social, como se já tivessem o conhecimento e experiência de um profissional formado, porém geralmente ligados à área de Marketing, Recursos Humanos ou Comercial. Nessas áreas, de maneira geral, o gerente ou responsável é de outra área, como Administração, Psicologia, Serviço Social, ou mesmo Engenharia, Arquitetura ou outras. Ou seja, não têm a formação nem o conhecimento necessário para dar suporte e orientação aos estagiários.
  3. Em situação oposta estão as empresas que se autodenominam “Assessorias de Imprensa” e contratam estagiários para bombardearem releases a torto e a direito para os mais diversos veículos de comunicação e depois ficarem pendurados horas a fio nos telefones fazendo follow up, também sem a mínima orientação e acompanhamento, e ainda reclamam quando alguma coisa sai errado... Sei de uma dessas assessorias de imprensa que, inclusive, não tem funcionários. Só a dona. E contrata estagiários para fazer todo o serviço profissional, trata-os mal, aos gritos e chiliques, não paga a remuneração,depois chama de incompetentes, manda embora e contrata novos estagiários.
  4. Quando o estudante conclui a graduação, tem o contrato de estágio rescindido – que é o correto–, e raramente é integrado ao quadro profissional da empresa. A empresa abre vagas para novos estagiários, nas mesmas condições de falta de acompanhamento e orientação citadas anteriormente.
  5. A partir daí, o recém-formado descobre que não tem colocação na maior parte das empresas como funcionário regular, porque elas geralmente têm estagiários nas funções que deveriam ser de profissionais.
  6. A maioria dos alunos e egressos não é da classe A brasileira. Ou seja, o próprio estágio é fonte de recursos financeiros para ajudar a pagar a mensalidade do curso superior, material de estudo, transporte, alimentação e vestuário. Portanto, esses alunos também não contam com economias ou aporte financeiro da família que lhes favoreça serem empreendedores, abrindo a própria agência de RP ou consultoria.
  7. O Brasil tem um grande número de micro, pequenas e médias empresas nacionais que ainda não gerem a sua comunicação, e entendem como essencial apenas a publicidade para divulgar e vender seus produtos e serviços ou uma ou outra pequena ação pontual, não-estratégica. Isso significa que existe um grande potencial de trabalho ainda inexplorado para os Relações Públicas.
  8. Entretanto, para que essas portas sejam abertas, há a necessidades de que esses potenciais clientes sejam esclarecidos, informados, educados em relação às relações públicas e à comunicação empresarial. Esse é um dos principais objetivos deste blog e, futuramente, do site Pró-RP.

Costumo aconselhar meus muitos alunos e alunos a não se desesperarem e não buscarem apenas posições de trabalho com a denominação “relações públicas”. O importante é entrar numa organização pela porta da frente, seja como auxiliar administrativo ou mesmo como bancário. Com o tempo, em função da visão estratégica, à habilidade de planejamento, controle e avaliação de resultados, ao ponto de vista crítico que o curso de relações públicas proporcionou ao aluno, o novo profissional acabará se destacando na empresa e ascendendo novos postos até, quem sabe um dia, chegar à área de comunicação da empresa ou mesmo criá-la.

Pode parecer difícil, quase impossível, mas não é. Conheço casos e eu mesma já passei por isso. E, enquanto não se chega lá, dá para ir guardando um dinheirinho, fazendo um pé-de-meia para, mais tarde, fazer os cursos de pós-graduação necessários e até abrir a própria agência ou consultoria de comunicação empresarial.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Reflexões de um (outro) RP recém-formado

Pois bem!

Uma coisa puxa a outra, e segue agora o depoimento de outro relações públicas recém-formado, com a autorização do autor para publicação aqui no Pró-RP.

Não falo Inglês e arranho um "espanholzinho" bem safado.
Acabei de me formar em RP no final do ano passado (dezembro de 2006). Devo
confessar que tenho sido obrigado a dispensar muitos trabalhos que têm surgido
especificamente na área de RP, mesmo indicando colegas para alguns, fazendo
parcerias para outros, não tenho conseguido dar conta da demanda. Mas há algo
que devo chamar atenção.


Não estou falando de emprego de relações públicas, mas de trabalho em
relações públicas. Não estou falando de uma salinha com uma plaquinha na porta
escrito "Marcello Chamusca - Relações Públicas", mas de planejamento e execução de ações de relações públicas, trazendo resultados reais para as organizações que nos contrata. O mercado de RP não está em franca expansão. Ele é simplesmente o maior mercado existente entre todas as áreas de formação. Não há uma empresa sequer, desde a menor até a multinacional que sobreviva sem relações públicas, como já nos alertava o mestre Simões. Agora, nem sempre tem um profissional de RP à frente deste trabalho, pois preferimos o "choramingo" à postura pró-ativa.
Fui contratado esta semana para desenvolver um trabalho, através de uma indústria farmacêutica, para 5 clínicas de Salvador e descobri através do representante desta empresa que, só do seu relacionamento, existem 158 clínicas na cidade que não possuem assessoria de comunicação.

Isso é um filão absurdo, não há nenhuma área com tanto espaço a ser preenchido quanto a nossa, mas infelizmente preferimos tapar os nossos olhos e choramingar... E haja choramingo!!!!!!! Proponho que saiamos deste circulo
vicioso negativo de charamingar, procurar um empreguinho com carteira assinada para ganhar mil reais por mês, não encontrar, voltar para casa e choramingar mais, ... no dia seguinte sair para procurar mais um pouquinho por um empreguinho para ganhar mil reais por mês, não encontrar novamente e voltar para casa para choramingar mais um pouquinho... Ninguém agüenta mais isso!!!!! Vamos quebrar este círculo! Deixemos para trás o complexo de inferioridade e passemos a conquistar os nossos espaços no mercado. Eles estão lá esperando por nós, só não encontra quem não procura ou prefere ficar
choramingando!!!!!


A discussão está aberta! Manifeste-se!

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Desabafo de uma recém-formada em RP

Pessoal:

Quem me conhece sabe muito bem que não sou de dourar a pílula e que muitas vezes choco os alunos com as informações que repasso. Hoje recebi um e-mail de alguém que se formou no ano passado e que está decepcionada com a realidade do mercado para profissionais de Relações Públicas. Pedi autorização para publicar aqui a mensagem que me foi enviada, com algumas pequenas edições que impedem que ela seja identificada. Ela autorizou e reproduzo abaixo a mensagem.

Imagino que muitos - tanto recém-formados, quanto estudantes e profissionais mais antigos -, sentirão um profunda empatia.

O que você pensa sobre isso?

Olá, prof. Ana, tudo bem?

Bom... eu me formei no final do ano passado, me inscrevi em vários programas de trainee, falo inglês e espanhol e até agora não tive retorno de nenhum emprego que tenho me candidatado.

Eu acho que é importante abordar a verdade sobre o mercado de trabalho de Relações Públicas. Por que não está fácil conseguir emprego na nossa profissão.

Eu estou trabalhando na NNNN, mas como analista financeiro, só entrei aqui por que eu falo inglês e espanhol e já estou de saída, por se tratar de uma vaga temporária, ou seja, estou praticamente desempregada e até hoje não recebi sequer uma proposta de trabalho para RP, a não ser estágio, que já não é mais o meu caso.

Estou decepcionada com a situação em que nos encontramos, ou no caso, em que eu me encontro e, assim como eu, há muitos alunos recém formados com a mesma dificuldade. O que me deixa mais triste é que a faculdade diz que nosso mercado esta em ascensão. Só se estiver em passos de tartaruga.

Se você procurar por vaga para Relações Públicas no site Catho, vai encontrar, no País inteiro, 8 vagas. No Estado de SP 6. Isso para recém formado.

Para profissional são 33 vagas que abrangem o País inteiro. É muito pouco, na minha opinião nossa profissão não está em ascensão e está muito longe de ser o que a faculdade prega.

Eu acho que devemos passar a realidade do mercado de trabalho, por que assim como eu sonhava com um bom emprego e hoje vejo que as coisas são bem diferentes do que se fala na faculdade, há muitos outros que também ficarão decepcionados.

Pretendo fazer uma pós-graduação em Administração, com ênfase em finanças para ter mais conhecimento e abrir a porta para o mercado de trabalho, se eu for depender da minha graduação em RP, vou ficar desempregada durante muito tempo, ou trabalhar em telemarketing, lojas de roupas, etc. Acho que eu não estudei pra isso.

terça-feira, 22 de maio de 2007

10º Congresso Brasileiro de comunicação Corporativa

O 10º Congresso Brasileiro de comunicação Corporativa aconteceu nos dias 15, 17 e 18 de maio, no Centro de Convenções Rebouças.

Foi fantástico e já conversei com um dos organizadores sobre a importância de estendermos a possibilidade de participação aos alunos de graduação, com descontos para estudantes.

O grande recado do congresso, é a necessidade imperiosa de darmos atenção às novas mídias como facilitadores da promoção ou destruição da reputação organizacional, e, por conseqüência, a importância de se realizar um monitoramento das informações veiculadas sobre nossas empresas em sites, comunidades virtuais e blogs, dando-lhes a devida atenção e utilizando os mesmos instrumentos para responder ao público.

Outro tema que está na crista da onda é a Administração ou Gerenciamento de Crise. Talvez impulsionado pelo recente caso de sucesso da Gol, quando houve o acidente do vôo 1907.

Assim que for possível, vou tentar fazer um "resumão" dos principais pontos abordados no congresso e trazer para vocês.

domingo, 20 de maio de 2007

O primeiro dia do Pró-RP

A página do Pró-RP ainda está sendo planejada. Mas o blog é mais rápido!
  • A página terá a função de reunir informações variadas sobre Relações Públicas, para divulgar e promover a atividade e a profissão.
  • O blog tem o objetivo de criar maior interação entre alunos e profissionais de Relações Públicas.

Inicialmente, vou deixar o espaço das postagens livres, sem moderação. Espero que nunca haja a necessidade de moderação, o que somente será adotado se for necessário evitar conflitos de maiores proporções entre os usuários.

Enquanto isso, parto do princípio de que todos temos bom senso e saberemos respeitar os princípios básicos de moral e ética do nosso meio social.